Somos extensão, estamos conectados...
Desejamos aquilo que não possuímos,
somos parte de um contexto complicado...
Algo que nem Freud explicaria...
Somos rede, desejando individualidade...
Provocamos conflito, desacatando a ordem...
Admiramos o universo, pelo fato de não entendê-lo,
rejeitamos o óbvio e reverenciamos o desconhecido,
emitimos opinião sem conhecer o assunto...
Pensamos saber mais que do que entendemos...
Não compreendemos nosso vizinho...
Nossos filhos são melhores do que os outros,
somos o produto final de nosso ego,
pensamos ser deuses, querendo atingir o impossível,
desejamos caminhar para o futuro, presos ao passado...
Mas temos medo da nossa própria sombra...
Somos discórdia, somos guerra, somos destruição...
Destruímos o inimigo, vivemos na glória
atolados de sangue até o pescoço...
Sonhamos com riqueza para promover a felicidade e,
na abundância, nos tornamos cegos e mesquinhos...
Somos grãos de areia no deserto,
somos filhos de Deus e nos esquecemos da sua herança...
Falamos de Deus e cultuamos o diabo...
Afinal, o que somos?
Não sabemos de onde viemos nem para onde iremos...
Se a dor e o sofrimento nos acompanham, reclamamos...
Mas, na saúde, nos esquecemos das lições
para cair de novo no mesmo erro...
Somos assim, equação sem respostas,
perdidos dentro de nós mesmos...
Somos sempre os mesmos seres errantes,
dignos de compaixão e compreensão...
Somos crianças perdidas e iludidas: Somos imperfeitos...
Autor: Eduardo Baqueiro
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