quinta-feira, 19 de março de 2009

*Soneto de fidelidade..


De tudo ao meu amor serei atento.
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto.
Que mesmo em face do maior encanto.
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento.
E em seu louvor hei de espalhar meu canto.

E rir meu riso e derramar meu pranto.
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure.
Quem sabe a morte, angústia de quem vive.
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.
Eu possa me dizer do amor (que tive).
Que não seja imortal, posto que é chama.
Mas que seja infinito enquanto dure.
Autor: Vinicius de Moraes

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